Demonstração do Fluxo de Caixa | Análise da capacidade da empresa gerar caixa e gerenciar sua liquidez
Um fluxo de caixa bem preparado é tudo o que um gestor precisa para conduzir sua empresa de forma rentável e, como é bom ver um fluxo de caixa positivo. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ajuda os usuários das demonstrações contábeis analisar a capacidade da empresa gerar caixa, bem como sua necessidade para utilizar esses fluxos de caixa.
Esta ferramenta é considerada essencial para gerenciar a liquidez de qualquer empresa. Ela fornece informações acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa da empresa, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades operacionais, de investimento e de financiamento (NBC TG 1000 – Seção 7).
Equivalentes de caixa
São chamados Fluxos de Caixa as entradas e saídas de caixa e seus equivalentes. São equivalentes de caixa as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são mantidas com a finalidade de atender compromissos de caixa de curto prazo e não para investimentos ou outros afins. Para reconhecer um investimento como um equivalente de caixa é necessário atender cumulativamente três requisitos: ser de curto prazo (até 90 dias), ser de alta liquidez e apresentar insignificante risco de alteração de valor.
Portanto, além do dinheiro em poder da empresa e do dinheiro depositados em contascorrentes no sistema bancário, as aplicações financeiras de liquidez imediata, como CDB e RDB pós-fixados, também são incluídas na Demonstração dos Fluxos de Caixa, devendo estas aplicações financeiras ser relacionadas em notas explicativas da demonstração.
Fluxos de operações
As alterações verificadas no saldo de caixa ao longo do exercício a que se refere a demonstração devem ser aplicadas, separadamente, em três fluxos: concernentes às operações, aos investimentos e aos financiamentos. Segue um exemplo com um conteúdo detalhado por atividade, não esgotando, portanto, o universo de operações aceitáveis pela legislação que rege a elaboração dessa demonstração.
» Atividades operacionais
O fluxo das operações compreende o efeito das receitas geradas pelas atividades principais da empresa, tais como: (a) recebimentos de caixa pela venda de bens e serviços; (b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; (c) pagamentos de caixa de fornecedores de mercadorias e serviços; (d) pagamentos de caixa a empregados, além de demais saídas classificáveis como caixa ou equivalentes de caixa; (e) pagamentos ou restituições de tributos sobre o lucro; (f) recebimentos e pagamentos de investimentos, empréstimos e outros contratos mantidos para negociação imediata ou futura (item 7.4, NBC TG 1000).
» Atividades de investimentos
O fluxo de investimento ocupa-se dos efeitos da aquisição e da venda de ativos de longo prazo, tais como: (a) pagamentos e recebimentos de caixa referentes à aquisição ou à venda de ativos imobilizados, intangíveis e outros ativos de longo prazo, inclusive quando de construção própria ou concernentes a custos de desenvolvimento ativados; (b) adiantamentos e recebimentos pela concessão ou liquidação de empréstimos (exceto quando realizados por instituição financeira); (c) pagamentos e recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção ou swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou como atividade de financiamento (item 7.5, NBC TG 1000).
» Atividades de financiamentos
O fluxo de financiamento compreende o efeito da captação de recursos dos acionistas e de empréstimos de qualquer natureza, tais como: (a) entradas de caixa referentes à emissão de ações e a outros instrumentos patrimoniais, ou referentes à emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, títulos de dívidas, hipoteca e outros empréstimos de curto e de longo prazo; (b) saídas de caixa associadas à amortização das transações mencionadas no item anterior (item 7.6, NBC TG 1000).
BGC | Edição | 1908
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